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sábado, 21 de maio de 2011

Empresas adolescentes: 15 falhas que as impedem de tornarem-se adultas

Algumas empresas são como adolescentes: ora comportam-se como crianças e ora já são cobradas como adultas. Ainda não têm identidade claramente definida. Normalmente são empresas com receita bruta que varia entre 50 milhões e um bilhão de reais. A faixa parece ser muito larga, mas na prática não é, especialmente para os propósitos deste texto. A pergunta é: quais são as principais falhas da gestão que as impedem de se consolidar como uma empresa adulta?
 1 - Não implantam um sistema integrado de gestão. A maioria delas nem desconfia o que seja esta "fera".
 2 - Continuam pagando muito mal seus gestores, hábito adquirido quando eram pequenas. Desta forma, não conseguem selecionar ou manter gente talentosa.
 3 - Não sabem estruturar áreas de RH realmente eficazes. Não conseguem entender o papel de RH, não sabem diferenciar cargos-base de cargos-chave e amargam um estranho paradoxo em relação à rotatividade: ela é baixa para os medíocres (estes não saem e não são "saídos" da empresa) e é alta para os talentos.
 4 - Não desenvolvem seus próprios gestores, como conseqüência natural da falha anterior. Buscam alguns "salvadores" na rua e, normalmente, obtêm maus resultados.
 5 - Não procuram identificar em outras companhias as melhores práticas de gestão. Não sabem fazer benchmark. Admiram empresas de grande sucesso, mas não fazem esforços para entender o porquê deste sucesso.
 6 - Têm programas tímidos de treinamento.
 7 - Inexistem os programas de desenvolvimento gerencial. Às vezes, pagam "cursos soltos e baldios" para alguns empregados, cometendo dois erros grosseiros: treinam alguns e não treinam outros, esquecendo que a equipe precisa ter preparação homogênea (é como preparar fisicamente apenas alguns jogadores de um time de futebol e se esquecer dos outros) e não ligam para os detalhes do conteúdo programático (escolhem treinamentos com base apenas no título do curso).
 8 - Fazem eventos que despendem tempo e dinheiro para elaborar o planejamento estratégico, mas não têm método para garantir a execução e continuidade dos planos de ação.
 9 - Implantam a ISO 9001 (e outras normas) apenas para obter o certificado, sem entender que estas normas são apenas listas de boas práticas em gestão. Não incorporam o que ganharam com a certificação na vida real.
 10 Não têm ou não dão importância para a auditoria interna.
 11 - Vivem procurando novidades em gestão, mas não compreendem o básico. Quem não entende os fundamentos não consegue compreender a ambigüidade dos métodos e das ferramentas.
 12 - Não conseguem entender o verdadeiro significado do PDCA (quanto mais praticá-lo!).
 13 - Não cultivam os valores. Não entendem o papel que os valores podem representar na alavancagem de uma empresa. Tomam sustos freqüentemente com o comportamento de seus empregados.
 14 - Contratam várias consultorias desalinhadas, buscando a "bala de prata" para resolver seus problemas no curto prazo.
 15 - Misturam inovação com confusão. Abrem "frentes" demais e perdem o foco. Contratam com intensidade diretores e presidentes "de fora" dos seus quadros. Não desenvolvem gestores, portanto não podem promovê-los e a cultura fica cada vez mais enfraquecida.
 Por isto, a maioria morre no caminho da transição entre uma pequena e uma grande empresa.
Paulo Ricardo Mubarack - Portal Administradores.com

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Por que as empresas perdem talentos?

Não é só a falta de qualificação que justifica a escassez de profissionais no Brasil, aponta estudo. Falta de oportunidade dentro das companhias desestimula quem não vê chances de crescer, afirma especialista
Atrair e manter talentos já estão entre principais dificuldades das empresas
Toda empresa tem como grande objetivo o sucesso. Para isso, elas traçam dezenas de estratégias, estabelecem páginas e mais páginas de regras e, evidentemente, cobram resultados. Muitas delas, entretanto, não sabem como fazer isso. E aí acabam impondo métodos inúteis que, no fim das contas, não dão nenhum retorno, e ainda as fazem perder ativos que, nos últimos tempos, andam cada vez mais preciosos: os bons profissionais.
 Para Daniel Maldaner, consultor associado da Muttare, consultoria de gestão, "os profissionais são capazes de desempenhar mais do que o esperado. Entretanto, esbarram em normas, políticas, planos e condutas que as empresas impõem a eles. Com 'as mãos atadas', muitos profissionais, que são diferenciados e buscam mais oportunidades dentro das empresas, acabam se desestimulando com o 'fazer o mesmo todos os dia' e as chances de crescer profissionalmente. Assim, acabam migrando para outras empresas".
Pesquisa do Instituto holandês CRF, instituição que seleciona e certifica companhias com práticas adequadas em recursos humanos, revela que na Europa 3% das empresas têm dificuldades de preencher vagas de diretores e presidentes. No Brasil, este número é quase nove vezes maior. Já no nível gerencial, a escassez no país é de 44%, enquanto que nas instituições europeias chega a 17%.
"Em vez de preparar os colaboradores, é notável que as empresas procuram moldar seus funcionários, evitando correr eventuais riscos e possíveis erros. Essa atitude é ruim para as empresas, que acabam perdendo mercado, e também para os profissionais, que, por falta de oportunidades, mudam suas posturas e passam a ver que são desvalorizados dentro das instituições", afirma Maldaner.
 É fato que a falta de mão de obra qualificada atinge diversos segmentos da economia, das pequenas às grandes empresas. E, caso não haja uma mudança de cenário em um futuro breve, as coisas podem ficar bem mais complicadas. "Confiar no profissional e dar oportunidade para o mesmo vencer os desafios com maior autonomia pode ser o primeiro passo para ajudar a sanar estes problemas", conclui Maldaner.